O coração que não esteve
solitário sobre um píer
vivendo a enseada anoitecida,
não compreenderá a alma
dos lumes que flutuam
em tuas pupilas
O coração que não esteve
à deriva por rumores marinhos
não compreenderá porque reli
Brodsky traduzir o olor de algas
que recende de Veneza
e da infância báltica
O coração nunca ferido
por brancas lâminas
não compreenderá a analogia
entre a Vênus anadiômena
e a musa emersa
de negros mantos
que declamam com violência
sua nudez lunar
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