Em um ensaio sobre Sade
leu os símbolos morais
da personagem seviciada
Sirva-me outra dose
diversas vezes repetira
A pele branca com ideograma
talvez ouça que a alma oscila
entre tesão náusea ódio
ao assistir Saló de Pasolini
Urge meditar uma maneira
menos ingênua de insurgir-se
No bolso o maço intacto de cigarros
porque ninguém interrompe
a solitária leitura dizendo:
a poesia é comunhão
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