Quem perguntará
pelo próximo trem
Se consultas os extáticos
ponteiros da morte?
Que informação oferecer
aos olhos medrosos
que interrogam
em busca de abrigo
se teu relógio de pulso
medra horas inabitáveis?
O silêncio de bailarina
todo sangue e suor para
executar impecáveis
os movimentos
Despem-nos de ilusões
Lança-nos à lucidez dos ossos
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