cerâmica branca
interrogo teu discurso
de assepsia

possibilidades: ler-te
ossos limpos de lembranças
página à espera das palavras
silenciosa face das nuvens

desritmo lançado
contra tua quietude
queda o esperma

fosse sangue
fosse merda
soariam
outras vozes

apazigua pousar a pele
sobre a superfície reptícia
amaina a temperatura
arrefece a febre

cerâmica branca
quase esqueço
que feres meu olhos
ao refletires o sol
somando-o aos conselhos
da busca por iluminação
pureza absoluta
ascese e outras
analogias que
sugeres 
todas as manhãs



Nenhum comentário: