Árvores estendem sombras sobre o percurso. Os pés leem a superfície imperfeita. Caminhamos sem pressa. Não medras a impiedosa beleza das palavras ao dizeres inocente que gosta do barulho dos passos esmagando as folhas secas.
Tons do ocaso cobrem o chão. Adormece o vermelho nas folhas caídas. Amarelo, alaranjado rajam o verde. Pequenas chagas.
Passos. Agora é impossível compreendê-los estilhaçando o silêncio, ferindo-o fatalmente. Inventam uma voz para o silêncio. Alçamos o ruído à sonora existência dos pássaros.
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