O som do trompete alça de um apartamento próximo. Voo solitário entre os prédios. Alguém estuda a partitura. A breve sequência soa, silencia, repete-se. Meus ouvidos inaptos não reconhecerão o tempo impecável, a perfeita execução. Se Louis ou Chet. Lenta lâmina sobre o silêncio. Importa-me porque fere o fim de tarde. O som do trompete. Ouço-o ave noturna, outro ritmo, oposto aos pássaros que ateiam manhãs. 

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