O
chamo
odor
cheiro.
Nomeá-lo
perfume,
aroma,
não nos traduz.
Espiral de urubus
sobre o pútrido.
Une charogne de Baudelaire,
indóceis como tu.
Embora escreva: olor,
a linguagem não medra
a febre da Língua,
o que há de fêmea
floresta
terra:
chão encharcado.
Não gritas
como fruta cítrica,
sabes ciciar
nosso cio.
Sozinho:
palavras
e taça
de vinho,
o signo:
ir além
do anêmico
nome
sem
poesia.
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