Nó dos dedos
clamam à porta
até nódoas azuladas
colorirem as mãos

Hematomas lembram
sombras sobre a pele
o tom das tempestades

Mãos: 

Umas

Brancas e grossas
pesadamente pousadas
sobre a poltrona

Não afagam
Não gesticulam
nem me masturbam

Outras

Assemelham-se 
a leves folhas secas
descarnadas expondo
a arquitetura óssea
grossas veias verdes

Não ferem
Não saúdam
nem ateiam desejo
sobre meu corpo

Para ambas

Sugiro a possível redenção:
suturem meu supercílio





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