Antes do amanhã
há o amanhecer
As manhãs interpondo-se
entre corpo e sonho
A metáfora dos degraus
organizados como vértebras
narrada pelo mestre
que sobe de elevador
sem dar bom dia
ao ascensorista
Opto pela penumbra
de escadarias mal iluminadas
em pensões Dostoievskianas,
por apartamentos
sem aquecimento
onde poetas Beats
alçam à sabedoria
Pensando o porvir
olhos automáticos
miram a aurora
sem exclamar:
horizonte aceso!
O importante: amanhã
haverá outra manhã
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