O fim de Anacreonte
Quando enfim, Álcman, amor nos declaramos
não em uma árvore quisemos gravar as núpcias
eu vestido de mulher, em teu cabelo diademas
não em uma árvore quisemos gravar aquela união
e que fora a dríade do único portento
testemunha vã e muda, pois detesto os deuses:
no meio daquele bosque encontramos um menino
em suas costas rosadas, com fogo,
lentamente escrevemos os nomes.
Cuando por fin, Alcmanes, amor nos declaramos
no en un árbol quisimos grabar el desposorio
yo de mujer vestido, tú en el pelo guirnaldas
no en un árbol quisimos grabar aquella unión
y que fuera la driada del único portento
testigo vano y mudo, pues detesto a los dioses:
en medio de aquel bosque tropezamos a un niño
y en su espalda rosada, con fuego,
lentamente escribimos los nombres.
Leopoldo María Panero. Dioscuros, 1982.
( O fim de Anacreonte é composto por cinco poemas, aqui traduzo apenas um deles)
Nenhum comentário:
Postar um comentário