Não segura pela asa. Quatro longos dedos, na infância a mãe dissera serem de pianista, transpassados pelo branco arco e o polegar isolado no outro extremo enlaçam a xícara de café com leite. Assim a palma lê o calor da superfície. Quente a cerâmica, mas não o suficiente para desenlaçar o toque. Durante o último gole percebe o montinho de açúcar acumulado no fundo. Formigas assomarão em breve. Ainda assim, pousa a xícara no chão. Palavras inquietas dentro de si: insubordinado sob o peso da túnica o pau duro reage às imagens noturnas que relembram a santo Agostinho a antiga libertinagem. 

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