dezenas de pássaros pousam (re)voam
anônimos diante dos olhos: não estes
um pombo um pardal mortos duas
visões estrangeiras no corpo da manhã
silenciaram as asas em pleno voo traçando
uma parábola descendente reescrevendo
o voo queda talvez apagada a minimalista
engrenagem imersa na sombra das folhas
enquanto adormecem as horas azuis
interrogações que não anseiam respostas
enfim, os olhos colhem aqueles mortos
e buscam asilo nas primeiras luzes
latentes na palavra: manhã
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