A iluminação ininterrupta do estacionamento, nega ao quarto a escuridão absoluta. Rápido o olhar habitua-se à penumbra, lê a silhueta dos objetos. A luz esgueira-se pelas fissuras da janela fechada, desenha formas no teto. Deitado de bruços, os olhos abertos para a estranha constelação.
Da memória emergem imagens impiedosas. Meu nome deve ser silenciado na garganta dos que me amam, embora no coração siga insone. Meu nome é indigno de ser dito durante as refeições. Eis as cicatrizes que a noite inscreve.
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