Todas podres
não há dúvidas
o corpo das frutas
não oculta
estarem
totalmente
podres:
aroma aceso
cores noturnas
inapetência
moscas ao redor
O próprio açúcar
fora a essência solar
agora dissolve a carne
Fora do poema ninguém
vê o apodrecer insepulto
das frutas sobre o cesto
Todas podres
não há dúvidas
a fruta não oculta
Vê-las negras
traz o alívio:
encobrindo ossos
alma desejos
há uma pele
ilegível
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