Quando caiu o objeto, fez-se silêncio. Até os pensamentos estancaram. Como névoa ergueu-se a quietude.
O espaço onde pairava: sala de estar. A fina cortina não detinha a luz da manhã. Brancura acesa, o gesso das paredes, a cerâmica do chão, até mesmo a ausência de palavras, era página em branco.
O objeto recém caído: uma estátua. Não fez-se em cacos. Fora decapitado pela queda. A cabeça oblíqua, manteve o olhar vivo, contemplando a paisagem óssea
Nenhum comentário:
Postar um comentário