Li o conflito
espiritual dos poetas
consigo e com o verbo
poético.
Já tarde pedes
a deus que eu
não arda nas palavras
de Une saison en enfer
ou Les litanies de Satan.
Descosi cicatrizes.
Sustentei o olhar nos matizes
que partem de um rubro
aceso ao absurdo
estômago do poema.
Não diga que há
palavra indigesta.
Pouse o ouvido
na pele da poesia.
Colha o pulso
das palavras amalgamadas.
Se o ritmo
soar-lhe labiríntico,
dance.
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