Suavidade do animal
saciando a sede

Sem ferir o silêncio
Sinto entre os dedos

o fluxo

Delicado movimento
não desfigura o espelho d'água
Narciso pode contemplar-se
até a morte

A sede do animal:

submerso nos negros ramos
do corpo colho o rumor
Compreendo-o doloroso uivo

Nenhum comentário: