vê-la
e contra
não mover
um dedo

contemplar
o ritmo 
bovino
sem ler
a oculta
selvageria

injustiças
passeiam 
pelas ruas 
vacas sagradas

calar: se
muda
a recusa
nada agrega
não muda
as regras

não só
os poetas
sim o povo
semeia sobre
o silêncio
palavras
de recusa

mãos firmes
agarrem sem medo
o animal pelos chifres
o conduzam
para fora
da tua horta

Nenhum comentário: