Na órbita de veludo
naufragam
locomotivas insones.

Em voz noturna
sussurra-se o nome:
cu
astro obscuro.

Leito desfeito,
rascunhos,
livros e copo vazio
no criado mudo.

Sanatório dos arcanjos,
café da manhã até as nove,
após as onze
cobra-se outra diária.

Quem decretará imóvel
o poema?
Gema lapidada?

Não há término:
ininterrupta 
temporada no inferno.




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