Silhueta alguma
insinua-se no horizonte
O olhar recusa
a metáfora da ave
migratória

Voo curto
rumo ao corpo
despido
da clássica
aura
de musa

A poesia
que lemos
porto inseguro
por onde circulam
barcos ébrios
marujos sem mar
prostitutas ígnea
paisagem crepuscular

almas em busca
de outras insígnias
que âncora e leme

Um comentário:

Anônimo disse...

Gustavo, às vezes preciso reforçar o quanto gosto de vir aqui. Você tem um desembaraço com as palavras, um cuidado com as imagens, que poucos têm. É um prazer imenso te ler. Obrigada por isso, e a poesia agradece também =)